O 5G está previsto para começar a operar nas capitais brasileiras e no Distrito Federal até 31 de julho de 2022. Com pouco mais de um semestre pela frente, o que falta para a rede entrar em uso? O que vai mudar com a implementação do 5G?
O leilão do 5G foi realizado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) em 4 e 5 de novembro de 2021, e contabilizou 47 propostas. Muita gente deve se perguntar: se foi definido em novembro, por que vai entrar em uso apenas 8 meses depois? Calma, a implementação do 5G não é simples, como apertar um botão.
Nas cidades brasileiras com mais de 500 mil habitantes, por exemplo, a tecnologia deve entrar em vigor apenas em julho de 2025 – caso as operadoras cumpram rigorosamente as regras definidas para o leilão. A demora na implementação do 5G se dá pelo fato da construção de uma nova infraestrutura independente (a rede standalone não depende da já existente para o 4G) – são as chamadas ERBs (Estações de Rádio Base). E isso leva tempo – é preciso vencer os desafios e burocracias do planejamento.
Além disso, é preciso lidar com a desigualdade entre as capitais e regiões brasileiras, como é o caso da Brisanet, que vai atuar no Nordeste e Centro-Oeste, e busca inovar para driblar a escassez de recursos.
Próximos passos da implementação do 5G
Entre os principais fornecedores de soluções para a implementação do 5G no Brasil estão a Huawei, a Ericsson e a Nokia – as empresas já começaram a se movimentar para tornar a quinta geração de conexão uma realidade para os brasileiros.
A Nokia está avaliando a implantação de uma fábrica no Brasil para conseguir atender a nova demanda do mercado, segundo uma entrevista do presidente da empresa, Ailton Santos, concedida ao portal O Globo.
As principais operadoras que vão atuar no 5G, como Claro, TIM, Vivo e Winity, já assinaram os termos de autorização de uso de radiofrequências – o documento permite que as operadoras comecem a utilizar as frequências arrematadas. Agora começa a contagem regressiva!
Previsão do 5G na América Latina
Um estudo realizado pela Ericsson Mobility Report prevê que, até 2027, cerca de 75% da população terá acesso ao 5G – desses, 44% estarão na América Latina.
Já o relatório publicado pela GSMA indica que, até 2025, a América Latina terá apenas 12% dos usuários com conexão 5G (a expectativa é que o 4G ainda seja dominante por um tempo), enquanto no Brasil o índice esperado é de 20%.
O Brasil é um dos países da América Latina mais avançados na implementação do 5G – o México, por exemplo, segue a passos lentos, enquanto a Colômbia se prepara para o ingresso da tecnologia no país com projetos-pilotos.
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