Nem só de operadoras clássicas vive a telefonia móvel! Você sabia que existem serviços de operadora virtual? Elas são as MVNOs, do inglês Mobile Virtual Network Operator, e nada mais são do que companhias que alugam infraestrutura wireless para vender seus serviços. Vamos explicar!
A operadora móvel aluga um espaço de cobertura das grandes operadoras, no modelo RAN Sharing, e passa a oferecer os serviços de telefonia móvel. Elas são chamadas de “virtuais” justamente por não terem uma estrutura própria, e sim compartilhada.
Operadora virtual na prática
“Mas se no fim o sinal é da grande operadora, não é mais fácil o cliente contratar diretamente da fonte?”, você deve estar se perguntando.
As grandes operadoras alugam o espaço no espectro (sinal de telefone, minutos, SMS e gigas de internet) por “atacado”, para que a operadora virtual revenda – o que acaba saindo mais barato. Consequentemente, o valor cobrado do cliente pelos serviços sai mais em conta, e isso atrai um público-alvo diferente: os jovens!
Entre as vantagens e benefícios da operadora virtual, destacamos:
- Flexibilidade nos pacotes e planos ofertados ao cliente, melhorando o atendimento a nichos específicos;
- Inexistência de contrato de fidelidade, deixando o consumidor sem amarras;
- Preços mais acessíveis, ampliando o acesso à rede móvel;
- Atinge o público-alvo jovem, que geralmente não está 100% satisfeito com as operadoras tradicionais;
- Aumenta a concorrência indireta, fazendo com que as grandes operadoras melhorem os serviços prestados.
Por outro lado, o fato de estarem conectadas em espectro alugado faz com que o sinal da operadora virtual nem sempre seja tão rápido quanto o do “cliente oficial”. Além disso, a cobertura pode não estar disponível em todos os locais do país, podendo deixar o consumidor na mão em momentos importantes.
Modelo de rede segue em expansão
A oferta de MVNO existe há tempos e vem se popularizando cada vez mais. No mundo, temos vários exemplos de sucesso, como a Virgin Mobile, que finalizou 2020 atendendo Estados Unidos, México, Colômbia, Chile, Austrália, Canadá, Reino Unido e outros países.
E elas não estão apenas nos países desenvolvidos: a Colômbia lidera o mercado de MVNOs na América Latina, com taxas de aderências de usuário similares a países da Europa. O destaque vai para a operadora virtual popular Virgin Mobile, que também atua no Chile.
No Brasil, temos exemplos recentes: Laricel, a operadora virtual da artista Larissa Manoela, focada principalmente nos jovens e adolescentes que acompanham a carreira da atriz; a MVNO da Uber, com atenção para o nicho de motoristas por aplicativos; além da Fluke, para o público geral, que tem a meta de alcançar 50 mil clientes até o fim de 2021.
Em dezembro de 2020, os brasileiros contavam com 105 MVNOs – 10 operadoras autorizadas (sendo 70% das linhas utilizadas por máquinas, e 30% distribuídas entre smartphones e tablets) e 95 credenciadas.
É fato que, com as novas tecnologias, os consumidores busquem, cada vez mais, serviços personalizados de acordo com suas necessidades. O número de operadoras virtuais tende a crescer em todo o mundo – esteja por dentro das novidades da área de telecomunicações e prepare-se para o futuro!