A internet cumpre um papel muito importante na luta feminina – unir meninas e mulheres na mesma causa, por todo o mundo, ficou muito mais fácil com a tecnologia. Mas a importância da conectividade para mulheres vai muito além: ela influencia na segurança para o gênero, no mercado de trabalho (mulheres na tecnologia têm ganhado cada vez mais espaço) e na praticidade do dia a dia.
Em um mundo em que as mulheres representam quase metade da população global (são 3,86 bilhões do sexo feminino, e 3,92 bilhões de homens, segundo a ONU), ferramentas e aplicativos foram desenvolvidos para facilitar a luta feminina e prestar apoio e suporte nos momentos mais delicados. No Brasil, 90% das mulheres estão conectadas à internet e se beneficiam dos recursos virtuais.
Facilidades e benefícios da conectividade para mulheres
Diversas são as facilidades online, que vão desde promover praticidade com tarefas simples da rotina, até casos mais sérios em questão de segurança. É o caso do botão do pânico, por exemplo, em que a tecnologia funciona como uma ferramenta para as mulheres vítimas de violência doméstica acionarem rapidamente a polícia em casos de emergência.
E qual mulher nunca usou o recurso de compartilhar a localização em tempo real com alguém de confiança enquanto usava um carro por aplicativo, por questão de segurança? Os app também contam com botões para gravar a corrida em áudio, como forma de testemunhar possíveis conversas desagradáveis, e sistema para ligar diretamente para a polícia, entre outras facilidades.
De forma geral, a tecnologia também funciona como um apoio à independência da mulher. Ferramentas estão facilmente à disposição para capacitação e formação à distância. A conectividade tem grande potencial, até mesmo, de facilitar a geração de renda – seja com e-commerce, com divulgação de trabalhos nas redes sociais ou prestação de serviço online.
Mercado de trabalho para mulheres na tecnologia
A área de Tecnologia da Informação e Comunicação (setor TIC) sempre foi vista como uma área masculina; mas, aos poucos, isso tem mudado: no Brasil, entre 2014 e 2019, a participação das mulheres na tecnologia cresceu 60%, saltando de 27,9 mil para 44,5 mil. Elas representam 20% de todos os profissionais de tecnologia do País, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia (Brasscom).
Entre os líderes do setor tecnológico entrevistados na América Latina, 12% são mulheres, segundo a pesquisa CIO Survey 2020, realizada pela consultoria KPMG.
Boa parte do avanço da participação das mulheres na tecnologia se deu por iniciativas e programas de capacitação para promover a inclusão do gênero feminino na área, como o PrograMaria, Laboratória, PretaLab, MariaLab e Reprograma.
E os exemplos se espalham pelo mundo e incentivam cada vez mais outras empresas a levantarem a bandeira: a organização Women in Tech já impactou mais de 200 mil mulheres pelo mundo, e tem a meta de capacitar outras 5 milhões até 2030 para diminuir a diferença de gênero no setor. A Microsoft também conta com um programa de incentivo à formação de mulheres negras, o Black Women in Tech.
Os exemplos globais renovam as esperanças e incentivam cada vez mais meninas e mulheres a se empoderar por meio da tecnologia. Aos poucos, as barreiras vão se quebrando; afinal, a conectividade está aí para isso: ajudar a fomentar a diversidade e promover mais mulheres na tecnologia!
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