O ano de 2021 trouxe desafios, superações, elevou expectativas e transformou o mundo. E a QMC, por fazer parte do ecossistema de inovação, tecnologia e conectividade, não poderia estar de fora de toda essa mudança e demanda por conexão.
André Machado, Latam Regional Head, que lidera a QMC no Brasil, Colômbia, México e Peru, faz um balanço sobre 2021 e celebra as conquistas da empresa: “Em nenhum ano nós crescemos como nos últimos 12 meses. O ano de 2021 significou um novo capítulo na história da telecom, trazendo novos desafios para nós”.
Confira a seguir a entrevista que Machado concedeu ao blog da QMC.
Como surgiu a QMC?
Vamos começar pela sigla: QMC vem de Quest Management Corporation. Começou com o empreendedorismo de Jose Stella e Rafael Somoza – ainda muito antes do QMC receber o sobrenome “Telecom”, eles montaram um “Search Fund”, ainda nos primórdios desse tipo de conceito para fundos de investimento, quando se estabelece um prazo inicial para o fundo investir em algo, seja a aquisição de uma empresa ou mesmo começar como start up (daí a palavra quest no nome, ou “em busca de…”). Quando eles começaram a procurar negócios, montaram a QMC – corporação que faria a procura de negócios. Depois de uma primeira jornada de quase uma década super bem-sucedida em sua primeira empresa, com a VU Media, resolveram que a seguinte seria na área de telecom, e então aproveitaram o nome que já havia dado tão certo nos negócios passados, passando então a chamá-la de QMC Telecom.
A QMC Telecom tem uma história que se iniciou em 2008, com sua fundação em Porto Rico. Após se estabelecer como um relevante player no mercado local, seu primeiro grande objetivo passou então a ser a entrada da empresa no Brasil (fato que completa 10 anos em 2022), pois a ideia sempre foi fazer algo em escala mundial – e o maior país na América Latina é o Brasil. Em seguida veio a QMC Telecom México, depois Colômbia, Peru, e hoje continuamos buscando a expansão da empresa para outros territórios.
Qual é o balanço de 2021 para a QMC?
Foi um ano muito relevante para a QMC. Todo mundo já estava mais adaptado, sabendo como trabalhar em home office, e já sabíamos que era possível continuar crescendo – e crescemos bastante! Além de tudo, o último trimestre renovou as esperanças e mostrou que 2021 é como uma ponte entre como era antes, e o que será no futuro – o mundo está passando por essa transição de conectividade.
Na QMC, estamos discutindo as novas políticas de home office e trabalho híbrido, ao mesmo tempo em que revisitamos nosso “playbook” para entrar em novos países – vimos que podemos aumentar a ambição.
O ano de 2021 significou, além de expressivo crescimento financeiro para a empresa, crescimento territorial, contratação de recursos e aumento da equipe, um recorde em comparação com outros anos – para darmos um exemplo, só no Brasil, para acomodar todo a equipe teríamos que ter o dobro da área que temos hoje. Mesmo em um ambiente de total isolamento, lançamos novas soluções para o mercado de infraestrutura, e pretendemos dar mais visibilidade para isso em 2022.
Com relação à disponibilidade de capital, 2021 foi excelente, pois nos consolidamos perante as instituições financeiras. Além da continuidade da parceria com o Itaú, iniciamos a parceria com o IDB (International Development Bank), que irá nos apoiar com os investimentos na América Latina. A QMC é percebida como uma empresa confiável para se levantar capital, e em 2021 solidificamos as nossas relações e os nossos negócios, aumentando as chances de investimento. Tudo isso junto significou para a QMC um ano peculiar, com uma nova era surgindo à nossa frente, ainda mais promissora!
Foi seu primeiro ano como Head Latam – quais foram os desafios do cargo? Quais especificidades de cada país?
Não vejo diferenças gritantes entre o mercado de cada País; mas sim um timing distinto para a adoção de certas abordagens de negócio. O mesmo vale para a adoção de tecnologias, com alguns mercados mais adiantados na adoção do 4G, outros menos, e outros ainda, como o Chile, já no desenvolvimento da rede 5G (e agora o Brasil, desde a realização do leilão de frequências no início de novembro). Nesse sentido, cada mercado na América Latina é único. Por isso, também, nossa presença local em cada um deles, assegurando um atendimento personalizado, seguindo o timing e a cultura de cada País.
Senão vejamos; o Peru acabou de passar por um processo político e vem enfrentando certos desafios econômicos, mas primordialmente políticos, que impactam todos os setores da economia do País; no Brasil, temos três operadoras muito fortes, o começo do 5G com novos players no mercado e também nos aproximamos de um processo eleitoral que seguramente será conturbado; a Colômbia tem quatro operadoras bem agressivas e competitivas, sendo a mais nova entrante muito agressiva; já em um mercado como o México, você tem um player bastante dominante, com mais de 70% do mercado mas que, agora, começa a perceber a competição vinda do segundo player, a AT&T, que convenhamos é um gigante mundial. Com dinâmicas tão distintas, temos que ter formas diferentes de atuar em cada país. Esse foi meu primeiro desafio.
Independente do momento de cada mercado, de acordo com a GSMA, organização global que estuda o mercado de telecom, o mercado móvel total na América Latina terá vários marcos importantes nos próximos 5 anos, mas já representando hoje cerca de 7% do GDP da região toda. Além disso, mais de 400 milhões de assinantes de internet móvel são esperados até 2025! Ou seja, é necessário um investimento contínuo em uma infraestrutura da rede. Financeiramente, segundo o estudo, isso representa US$ 73 bilhões até 2025.
Essa cifra reforça o quanto o mercado de telecomunicações na Latam ainda tem a crescer; graças à alta demanda por conectividade por toda a Latam, há que se registrar a verdadeira revolução que está acontecendo nos segmentos de infraestrutura digital e provedores de serviços de internet (ISPs) e fibra ótica. De forma a assegurar que atinjamos nossos objetivos específicos por cada mercado, aqui na QMC contamos com Country Heads no México, Colômbia, Peru e no Brasil, cada um detendo alto nível de conhecimento de negócios em seus mercados.
Para finalizar, eu diria que um segundo desafio, consequência direta do primeiro, advém de toda essa “localização” que fazemos na Latam para atender bem nossos clientes: ao mesmo tempo que “tropicalizamos” nossas abordagens às condições de cada País, temos que mais e mais padronizar todo o resto que podemos. Só assim conseguiremos seguir crescendo às altíssimas taxas que temos experimentado nos últimos anos.
Qual mensagem de fim de ano deseja passar para todos?
Estamos começando, o mundo todo e a QMC também, um novo ciclo pós pandemia, mais digital e mais conectado, inclusive com o 5G na sua infância. O caminho é um mundo cada vez mais digitalizado, e para isso é necessário se ter infraestrutura, que é o que a QMC faz e faz bem. O ano de 2021 foi de grandes mudanças já apontando nessa direção, e isso nos deixa ainda mais animados.
Aquele mundo analógico ficou para trás. O mundo mudou tanto, e para nós, que somos parte dessa mudança dentro do mundo de telecom, não poderia ser mais excitante participar de tudo isso.
Minha mensagem para todos é: estejam preparados para a mudança; estejam preparados para andar muito mais rápido. Vem aí um mundo digital que precisa de infraestrutura muito robusta e eficiente. E fazer parte de uma empresa que não só faz parte desse ecossistema, mas lidera a inovação dos modelos de negócio em nossa área de atuação, é animador. Se foi divertido até agora, imaginem o que ainda está por vir!