Você já deve ter ouvido falar que determinada empresa tem VPN – do inglês Virtual Private Network (Rede Privada Virtual). Mas afinal, o que isso significa? Ela é mais segura? Qual é a relação com o 5G? Vamos explicar!
Primeiramente, uma rede privada, como o próprio nome sugere, é uma conexão própria, que interliga computadores e dispositivos sem fio com acesso restrito a apenas pessoas credenciadas. É muito comum no ambiente corporativo, e tem ganhado ainda mais força em períodos de home office – afinal, o trabalho remoto muitas vezes só é possível com acesso ao servidor da empresa.
A VPN é mais segura do que dados na nuvem, por exemplo, pois a troca de informações é totalmente criptografada, o que dificulta a interceptação de dados e ação de hackers. Filiais podem ter acesso fácil e seguro à rede da matriz e vice-versa.
Rede privada e 5G para o seu negócio
A expectativa para a chegada do 5G na América Latina é grande, afinal, além da alta velocidade e baixa latência, a nova geração promete muitos avanços tecnológicos e inovações. E o melhor de tudo é que a rede privada também poderá se beneficiar desse cenário – mas também deverá redobrar sua segurança, já que ameaças aos dados podem se tornar mais comuns.
Quase 70% das operadoras do mundo já oferecem rede privada sem fio para empresas, segundo levantamento da GSMA Intelligence e da Trend Micro. A expectativa é que o número cresça ainda mais até 2025, por conta do 5G.
A principal preocupação é em relação à capacidade e segurança. Será que as operadoras realmente estão preparadas para lidar com as demandas? Os dados e a privacidade realmente estarão seguros? E ainda há outro desafio: a falta de conhecimento e ferramentas.
O estudo da GSMA indica que as fornecedoras de rede privada com 5G devem buscar parcerias com empresas especializadas e investir em mais segurança para a conexão empresarial – 77% das operadoras já demonstraram a intenção de elevar seus padrões.
Setor industrial lidera rede privada
Já comentamos por aqui que a velocidade e a baixa latência do 5G vão viabilizar carros automatizados. O mesmo vale para a comunicação entre pessoas e robôs dentro de uma linha de produção – é a chamada fábrica inteligente, que virá com a popularização da indústria 4.0. Isso será ainda mais assertivo com a instalação de uma rede privada.
A instalação de rede privada para esse fim garante mais privacidade para a indústria, mais precisão e confiabilidade, além de ser superior ao wi-fi convencional.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) já realizam testes no Brasil. São dois pilotos com foco em indústria, instalados em Jaraguá do Sul (SC), em parceria com a V2COM WEG, Claro, Ericsson e Nokia. Ao fim do estudo, será publicado um relatório sobre a viabilidade das redes privadas com 5G para o setor, pontos vulneráveis e as possibilidade dos ganhos de produção.
De forma geral, a GSA já listou 45 países no mundo que estão implantando rede privada baseada em LTE ou 5G – seja projeto piloto ou comercial, com destaque para Peru e Brasil na América Latina.
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