Estamos cada vez mais próximos do 5G se tornar realidade no cotidiano em vários países da América Latina e do mundo. Enquanto a tecnologia não está disponível para todos, vamos relembrar como tudo começou!
Ao longo dos anos, a infraestrutura passou por diversas transformações, e tivemos muitos avanços da telecomunicação. Se antes a transmissão de sinal era focada em altas torres espalhadas pela cidade, hoje já temos outras tecnologias com menos impacto visual e que conseguem alcançar mais usuários, como o caso da solução DAS – sistema de antenas distribuído, do inglês Distributed Antenna System.
Avanços da telecomunicação – do 1G ao 5G
- 1G – anos 1980
A comunicação móvel surgiu para atender a população que morava em áreas remotas da Suécia, principalmente para garantir contato entre os cidadãos dentro de densas florestas.
Uma torre cobria apenas um pequeno raio ao seu redor, atendendo cerca de 30 usuários. Com a boa aceitação do público, surgiu a necessidade de aumentar a capacidade.
- 2G – anos 1990
O 2G foi a primeira rede digital do mundo, baseada em GSM (Global System for Mobile Communication). A nova rede permitiu uma padronização do uso da tecnologia entre os países, facilitando a comunicação.
Foi a partir deste momento que os usuários começaram a trafegar dados nos celulares – em primeiro momento, apenas a voz. Ali também surgiu o GPRS (General Packet Radio Service), utilizado até hoje em diversas maquininhas de cartão.
A popularização do 2G e a adaptação mundial densificaram a rede, criando novos desafios e necessidades para atender os usuários com qualidade.
- 3G – a partir de 2001
O surgimento do Iphone impulsionou a criação dos smartphones – as pessoas passaram a usar mais dados, aplicativos, trafegar imagens, jogar online… Ou seja, o celular virou uma ferramenta multimídia, transformando a necessidade de consumo de telefonia móvel.
A internet móvel era rápida, se aproximando da velocidade do modem fixo. E novamente, com a densificação e popularização, surgiu a necessidade de expandir a cobertura do sinal, principalmente indoor.
- 4G – meados de 2010
A rede LTE (Long Term Evolution), como também é chamado o 4G, trouxe velocidade, qualidade e estabilidade de conexão. O processamento do sinal passou a ser digital, e aumentou-se ainda mais a necessidade de cobertura indoor, já que o sinal encontra mais dificuldade para penetrar paredes.
Em 2020, o 4G representava 55% das conexões de usuários na América Latina.
- 5G – desde 2019
Alguns lugares do mundo já estão com o 5G em funcionamento, como é o caso da Coreia do Sul. A tecnologia favorece a nova era da telecomunicação: a Internet das Coisas.
O 5G funciona com frequências milimétricas, ainda mais altas – ou seja, é ainda mais complexo atravessar estruturas, e é preciso traçar novas estratégias para a densificação indoor.
Novos tipos de rede
Em todos esses anos, também surgiram novas tecnologias complementares e paralelas, como as redes privadas, OpenRAN e Small Cells – solução forte nos Estados Unidos, em que o próprio usuário instala o modem, e o aparelho fornece cobertura de celular dentro de casa, funcionando como uma pequena antena exclusiva.
Cada novidade traz desafios para as operadoras e para os players, que precisam inovar e reinventar o modo de oferecer o serviço ao usuário.
Com a chegada do 5G, o novo desafio é levar o sinal cada vez mais próximo ao usuário – como não há mais espaço para torres no ambiente urbano, é preciso realizar a densificação de outras formas.
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